Kiko Loureiro
nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criado em São Paulo, a maior cidade da América do Sul. O seu amor pela música surgiu naturalmente e, desde cedo, ele foi um ouvinte curioso, que passava horas e horas na biblioteca da escola consumindo a vasta coleção musical que havia à disposição.
Aos 11 anos, iniciou os estudos no violão clássico, mas somente alguns anos mais tarde, após adentrar o mundo do rock progressivo, do heavy metal, do jazz e do fusion, ele descobriria sua verdadeira vocação. Kiko ficou fascinado por ícones da música como Jeff Beck, Jimmy Page, Paco de Lucía, Herbie Hancock, Pat Metheny, Astor Piazzolla, Hermeto Pascoal e bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Iron Maiden e Van Halen. Tais influências, somadas a infinitas horas de treino e dedicação, o fizeram embarcar numa jornada que o tornaria um músico versátil e de estilo único.
Aos 21 anos, em 1993, Kiko lançou seu primeiro álbum de estúdio, com o Angra, “Angels Cry”. Gravado na Alemanha e lançado no mundo todo, o disco ultrapassou a marca de 100.000 cópias vendidas e recebeu o disco de ouro no Japão. Desde então o Angra já lançou outros sete álbuns de estúdio, três CDs e dois DVDs ao vivo, seis EPs, recebeu mais um disco de ouro pelo lançamento de “Rebirth” (2001) e fez turnês pelo mundo todo, tornando-se uma das principais bandas do Brasil em todos os tempos.
Em 2004, Kiko deu início à sua carreira solo com o álbum instrumental “No Gravity”. Com exceção da bateria, Kiko gravou todos os instrumentos.
Dois anos mais tarde veio o seu segundo álbum: “Universo Inverso” foi gravado em apenas três dias e conta com alguns dos melhores músicos de jazz da América Latina. No mesmo ano, Kiko é eleito o melhor guitarrista do mundo em votação feita pela revista japonesa “Burrn!”, uma das principais do cenário musical.
Em 2009, um novo lançamento: o terceiro álbum solo de Kiko recebe o nome de “Fullblast” e traz em suas faixas muito do heavy metal e do metal progressivo, sendo descrito pela crítica como “uma incrível jornada instrumental para os fãs de Joe Satriani e Carlos Santana”. No mesmo ano, Kiko também anuncia seu projeto de fusion: Neural Code, onde que explora o rock e o jazz, repletos de ritmos brasileiros.
“Sounds Of Innocence”, quarto álbum de estúdio, é lançado no ano de 2012 e combina mais uma vez o prog-metal, o jazz, o blues e os ritmos brasileiros, sendo muito aclamado por crítica e fãs.
Em 2013, Kiko lança o seu primeiro DVD solo. “The White Balance” foi gravado no elegante Auditório Ibirapuera, em São Paulo, apresentado em três fases, representando os estilos preferidos do músico: o rock/ metal, o set acústico e o fusion brasileiro.
Além da música, Kiko também tem se dedicado ao ensino e estudo do music business, marketing musical e desenvolvimento de carreira, proferindo palestras para músicos e corporações em diversos lugares do Brasil e realizando cursos presenciais e online sobre esses temas.
O ano de 2015 já se inicia com grandes notícias para os fãs: Kiko Loureiro é convidado para integrar o Megadeth, uma das maiores bandas do thrash metal, parte do Big Four do gênero, juntamente com o Metallica, Anthrax e Slayer. Em parceria com Dave Mustaine, David Ellefson e o baterista Chris Adler, Kiko grava o décimo-quinto álbum de estúdio da banda em Nashville, no Tennessee, EUA. “Dystopia” foi lançado no dia 22 de janeiro de 2016 e levou o Megadeth a seguir excursionando pelo mundo, a todo vapor.
Ao longo de sua carreira, Kiko sempre esteve nas melhores posições em incontáveis rankings de melhores guitarristas e foi capa das maiores e mais importantes revistas relacionadas à guitarra, como a japonesa “Young Guitar” e as americanas “Guitar Player” e “Guitar World”, mas foi no início de 2017 que surgiu o maior reconhecimento: Kiko se tornou o primeiro músico brasileiro de rock e heavy metal a receber um Grammy. Na premiação, que ocorre anualmente e une os maiores nomes da indústria musical, o Megadeth recebeu o gramofone na categoria “Melhor Performance de Metal” de 2016 com o single “Dystopia”.
Em grande forma – com o baterista belga Dirk Verbeuren como titular das baquetas -, o Megadeth foi escalado para o Rock in Rio de 2019 (frequente no Brasil, a banda veio pela primeira vez na edição de 1991 daquele festival). Infelizmente, um tratamento de câncer de Dave Mustaine fez a banda adiar a apresentação, tendo sido substituída pelos alemães do Helloween.
No meio disso tudo, Kiko voltou ao estúdio para gravar mais um disco solo, “Open source”, lançado em 2020. Mais uma vez o músico une suas influências, como o rock pesado, a técnica exuberante e os ritmos brasileiros em músicas como “Edm (e-dependent mind)”, que repensa o vício digital que assola a Humanidade atual, “Sertão”, com direito a ritmos nordestinos, e “Imminent threat”, com a participação de Marty Friedman, monstro da guitarra que também integrou o Megadeth.
Em julho de 2021, Kiko dividiu com o público seu aprendizado no campo do empreendedorismo ao lançar o livro “Negócios Para Criativos” (Editora Gente), em que incentiva todo mundo a correr atrás do que ama, dando as ferramentas necessárias para realizar os sonhos. “Todo criativo deve ser um apaixonado pelo ato de criar, sem julgamento e sem medo de descartar as próprias ideias”, diz ele na apresentação do livro.
Ativo como nunca na pandemia, Kiko seguiu dando aulas e participando de projetos de seu estúdio enquanto esperava a hora de se reunir com a banda.
Por falar na banda: com Mustaine já em forma, O Megadeth gravou o sucessor de “Dystopia”, que tem lançamento previsto para 2021. A banda voltou a estrada em agosto de 2021 para uma tour nos EUA e é presença confirmada no Rock in Rio, remarcado para 2022. Mais datas de shows por países da Europa e pelos EUA já estão sendo confirmadas para 2022.
Após uma carreira de 30 anos – vêm aí as comemorações do Angra pela data redonda! -, Kiko Loureiro se mostra um músico e artista completo, que constantemente testa seus limites e está sempre de peito aberto para o novo.